Qual o papel do capitalismo consciente dentro do ESG?
O capitalismo consciente e as diretrizes ESG são conceitos intrinsecamente conectados. Eles trabalham lado a lado em prol do desenvolvimento sustentável do planeta e do mundo corporativo.
Apesar de não serem conceitos necessariamente novos, ambos têm se popularizado de forma significativa na última década. Isso não pode vir como uma surpresa, já que existe uma grande demanda global por um novo jeito de se fazer negócios. Esse cenário é fruto principalmente dos recentes escândalos de corrupção, das crises climáticas e da necessidade mundial em reduzir as desigualdades sociais que têm se intensificado ao redor do mundo.
Então que tal nos aprofundarmos em como, de fato, o ESG e o capitalismo consciente se conectam, e como você pode incorporá-los na sua organização?
O que é capitalismo consciente?
O conceito por trás do capitalismo consciente é bem simples. Em suma, a ideia é que os negócios sejam desenvolvidos de forma a criar valor e bem-estar para todos os stakeholders de uma companhia, e também para o planeta. Esse valor, por sua vez, pode ser oferecido em diversas formas: cultural, ecológica, intelectual, emocional, ética, financeira, social, física e até espiritual.
É importante ressaltar que empresas conscientes não estão focadas apenas no lucro, mas definitivamente não o deixam de lado. No modelo proposto pelo capitalismo consciente esse retorno financeiro se torna uma consequência do valor gerado à sociedade e ao meio ambiente, beneficiando todas as partes envolvidas no negócio.
Caso ainda esteja na dúvida sobre como implementar essa nova mentalidade de negócios na sua organização, vale aprender sobre os pilares do capitalismo consciente:
- Propósito maior
- Cultura consciente
- Liderança consciente
- Orientação para stakeholders
Eles atuam como alicerces que te ajudam a guiar sua empresa no caminho do desenvolvimento sustentável. Caso queira se aprofundar mais no tema, você pode acessar algumas indicações de leituras no blog do Yiesia.
O que é ESG?
A sigla ESG é originária do inglês Environmental, Social and Governance. Ou, em português, Ambiental, Social e Governança (ASG). Ela compila uma série de diretrizes que servem como norteadores para que as empresas se tornem mais sustentáveis, socialmente conscientes e propriamente gerenciadas.
Nas palavras de Ana Paula Candeloro, fundadora do Yiesia, ESG é um framework de comportamento empresarial e um balizador para a criação de novos produtos e serviços. São novos parâmetros que passam a integrar o processo decisório, transversalmente. Esses princípios devem estar no core business das empresas, segundo Ana Paula. Não é errado, entretanto, dizer que as práticas ESG são direcionadores para a inovação.
Com isso dito, é essencial que quando se pense em implementar as boas práticas ESG em um negócio elas criem raízes na cultura da empresa, guiando estratégias e metas a longo prazo.
Como esses dois conceitos se conectam?
O capitalismo consciente e o ESG são extremamente complementares. É a partir das diretrizes sustentáveis que conseguimos colocar esse modo de pensamento econômico em ação. Podemos dizer que o capitalismo consciente é a teoria para um desenvolvimento sustentável e a promoção de um equilíbrio entre lucro e bem-estar social e ambiental. Enquanto isso, as diretrizes ESG são o guia para colocá-lo em prática.
Um ótimo exemplo de como ambos estão conectados e trabalhando por uma mesma causa é a Agenda 2030 da ONU. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ou ODS, são excelentes guias para se inspirar e estar em linha com as boas práticas ESG.
Ao fazer parte do capitalismo consciente, e consequentemente direcionar seu negócio para atender a um propósito maior além do lucro, as organizações também conseguem atuar de forma mais assertiva em relação às métricas ESG, de maneira mais ética e sustentável.
Em resumo, é a partir da sinergia entre esses dois conceitos que as empresas podem, de fato, criar soluções inovadoras para as demandas latentes da sociedade, gerando cada vez mais valor aos stakeholders e ao meio ambiente.
O papel da liderança
Tudo que é novo exige mudanças. Então não é uma surpresa que com o aumento da relevância e força do ESG no mercado é necessário um novo tipo de líder para guiar esse processo.
A adaptação do mundo corporativo às demandas ESG exige muita colaboração, cocriação e inovação. É preciso redesenhar uma cultura organizacional capaz de oferecer todas as oportunidades para desenvolvimento de todos os seus stakeholders, sejam eles investidores, clientes, colaboradores, fornecedores e até a sociedade e o meio ambiente em si.
Para isso, as lideranças corporativas também precisam se reinventar. Elas devem ter em mente que toda mudança será fruto de reflexos de suas ações e valores.
Os benefícios de fazer parte do capitalismo consciente e adotar boas práticas ESG
Segundo o Global Sustainable Investment Alliance (GSIA), a indústria do ESG já movimentou mais de 30 trilhões de dólares ao redor do mundo. Hoje, mais de um terço dos ativos financeiros globais estão relacionados à promoção do ESG.
Ou seja, além de ser uma prática extremamente positiva para o planeta e a sociedade, alinhar-se ao capitalismo consciente e colocar em prática as ações ESG também é uma estratégia bastante lucrativa. Para além disso, elencamos alguns outros benefícios em adotar essa nova mentalidade de negócios:
- Aumento do valor de mercado;
- Desenvolvimento de um diferencial competitivo;
- Engajamento de stakeholders;
- Melhora da reputação da marca perante o público;
- Atração de novos investimentos;
- Garantia da longevidade do negócio;
- Contribuição positiva para o desenvolvimento da sociedade e meio ambiente.
Como colocar isso em prática?
Agora que você já aprofundou seu conhecimento sobre ESG e capitalismo consciente, pode estar se perguntando como colocar tudo isso em ação no seu negócio. Existem diversas formas, desde as mais simples até as mais complexas, para organizações que já são mais maduras na área. Vamos te dar alguns exemplos práticos:
- Garantir a igualdade de gênero em cargos de conselho e liderança;
- Construir programas de incentivo para o ingresso de pessoas da comunidade LGBTQIAP+ na companhia;
- Organizar treinamentos sobre acessibilidade, diversidade e inclusão para toda a equipe;
- Neutralizar a emissão de gás carbônico;
- Eliminar o uso de plásticos descartáveis;
- Divulgar relatórios de sustentabilidade;
- Implantar um forte programa de compliance;
- Facilitar um workshop ESG na organização.
Principais desafios
Sabemos que colocar tudo isso em prática apresenta alguns desafios, principalmente pelo ESG ainda não ser uma área muito bem definida no Brasil. Por isso, a governança se torna um pilar essencial desse processo. É por meio dela que será possível criar moldes para tornar essa transformação cultural em realidade.
De qualquer forma, o principal desafio desse contexto ainda é a falta de conhecimento sobre o assunto. A boa notícia é que o Yiesia pode te ajudar nessa jornada de aprendizado. Oferecemos diversos serviços para te auxiliar em conduzir seu negócio pelo melhor caminho ESG, entre em contato conosco!
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